sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Queimando o Filme! - O Gaúcho Voltou? E Daí?

Alô tripulação! Mais uma sexysta-feira à vista e estamos nós aqui outra vez. Mas não pra falar de cinema, porque pelo que eu sei, a boa ainda é ver - ou rever - Tropa de Elite 2, filme com público recorde no Brasil em 2010: mais de 6 milhões de espectadores. Bem, você poderia me perguntar, se não é sobre cinema, então vai falar do que?

Ora, da Seleção Brasileira. Afinal, saiu a hoje a lista dos convocados de Mano Menezes para o amistoso - quase nunca amistoso - contra a Argentina, em novembro. Para quem ainda não viu a lista, poucas surpresas. Goleiros: Victor (Grêmio), Jefferson (Botafogo) e Neto (Atlético/PR); zagueiros: Thiago Silva (Milan-ITA), David Luiz (Benfica-POR), Alex (Chelsea-ING) e Réver (Atlético/MG); meio-campistas: Lucas (Liverpool-ING), Jucilei (Corinthians), Sandro (Tottenham-ING), Elias (Corinthians), Ramires (Chelsea-ING), Douglas (Grêmio), Ronadlinho Gaúcho (Milan-ITA) e Philippe Coutinho (Internazionale-ITA); e atacantes: Neymar (Santos), Pato (Milan-ITA), Robinho (Milan-ITA) e André (Dínamo Kiev-UCR). Exceto pela estreia do bom Douglas, do Grêmio e pela volta do Gaúcho, nenhuma novidade. Mas é exatamente do retorno do camisa 80 do Milan que eu quero falar hoje.

Quem me conhece sabe. Eu nunca fui defensor do futebol do cara. Nem no Grêmio, nem no Paris Saint-Germain, nem no Barcelona, e muito menos na Seleção. O motivo é simples. Considero Ronaldinho Gaúcho um showman e não um jogador de futebol. Muitos de seus dribles não são produtivos, não levam a nada, e não resultam em gols. Entendo que o público merece, é óbvio, ver o show que ele proporciona, às vezes, com seus dribles desconsertantes, seus passes sem olhar ou seus gols incríveis. Mas aí entram duas coisas, dois motivos simples pelos quais você vai entender porque eu acho que a Seleção Brasileira nem sempre precise de Ronaldinho Gaúcho.

O primeiro é simples. Se você acompanhar o atual time do cara, o Milan, não um fim de semana ou outro, não nos melhores momentos, não nos gols da rodada do Italiano, mas sim como você acompanha o seu time, em todos os jogos, você vai ver que ele não dá esse show com frequência, como todo mundo imagina e como a imprensa brasileira pinta. É bem raro, aliás. São muitos jogos em que ele passa apagado, algumas partidas em que erra tudo - e arma jogadas para o adversário - e partidas simplesmente normais. Alguém pode dizer que isso é natural, afinal nenhum jogador está sempre bem. Correto. Mas Ronaldinho Gaúcho parece indiferente a este fato. Estando mal ou bem, ele vai tentar uma jogada de efeito. Às vezes deixando um companheiro na cara do gol, ok, mas na maioria das vezes, atrapalhando seu time. Exatamente por não estar sempre bem, é que acho que lhe falta humildade para fazer o simples, dar um passe ao invés de um drible, um chute seco ao invés de tentar algo genial. Não é sua capacidade técnica que eu discuto. Ele joga muito! O que não gosto é de sua capacidade de avaliar tanto o jogo quanto a si mesmo, o que tira completamente sua objetividade.

A segunda razão é ainda mais simples. Sua posição. Pouca gente lembra, mas quando ele explodiu no Grêmio, em 99, ele era atacante, tanto que em sua estreia pela Seleção, contra a Venezuela, quando fez aquele gol antológico, ele foi convocado no lugar do Capetinha Edílson, cortado após a confusão da final do Paulistão por causa das famosas embaixadas. Apenas na França, que diga-se de passagem, tem um dos campeonatos mais babas entre os grandes da Europa, que ele foi recuado para o meio. Em sua chegada ao Barcelona, em 2003, Rijkaard trouxe de volta ao clube o sistema holandês de jogo, usando Ronaldinho como um ponta, levando-o de volta ao ataque. Jogando desta forma, de 2003 a 2006, Ronaldinho ganhou tudo na Espanha, mas perdeu a Copa do Mundo. Posto que na Seleção, porém, nunca conseguiu jogar desta foram. Parreira e Dunga tentaram e não conseguiram. Porque Ronaldinho nunca foi meia, apesar de todo seu talento com a bola nos pés. Precisa, hoje até mais do que nunca, jogar solto. Sem tantas preocupações. E no ataque, o mais perto possível do gol, de preferência na ponta, onde o jogo costuma ser menos congestionado. Talvez Mano Menezes consiga jogar com Ronaldinho, Neymar e Robinho no mesmo time sem sacrificar Alexandre Pato e o sistema defensivo. Mas quanto não, Ronaldinho é, no máximo, banco.


Ronaldinho continua aprotando na Itália. Mas até onde seus dribles ultrapassam o limite entre o
show e a objetividade?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

4ª Sem Gelo - Feliz Aniversário, Meu Camarada!

Caros amigos de copo. Hoje, infelizmente, estou meio sem tempo. Passei o dia na rua resolvendo uma pá de abacaxis e só cheguei agora. Ta bom, eu sei que você, caro leitor, não tem nada com isso e merece a sua 4ª Sem Gelo de - quase - todo dia. Mas, infelizmente de novo, a vida é assim mesmo... E sendo assim, decidi postar aqui um texto antigo, que me poupará o pouco tempo que ainda tenho, e o seu, leitor amigo, que não precisa ler um troço qualquer. E aproveitando que hoje é aniversário de nosso - ausente - colaborador, Rodrigo Cachorrão, essa 4ª Sem Gelo vai em homenagem a ele; uma pequena crônica que escrevi há uns 2 ou 3 anos, num aniversário passado, e que honrosamente está no perfil dele no Orkut até hoje.

Amigo de todas as horas; de copo e da vida. Onde a gente está, tem festa. Parece brincadeira, mas é verdade. Perdi a conta dos inúmeros lugares em que chegamos tocando bola, animação e descontração, e fizemos a festa da galera. Envergando a braçadeira de capitão, ele está sempre bem posicionado, longe de impedimentos. Para quem não é muito atento, ele raramente aparece. Mas na hora de decidir, está sempre lá. Nos bares da vida. Aliás, em todos os tipos de bares. Dos chamados barzinhos, aqueles com voz e violão, àqueles botecos “pés-sujos”, com karaokê, bêbados espalhados e ovo rosa no balcão. Hora? Ela espera. Ou bebe com a gente, o que preferir. Normalmente segunda opção. Quando ela vai ver, já é de manhã e vamos embora todos juntos. Coitadinha dela. Passarinho que acompanha morcego...

Acima de tudo, rubro-negro. E honrando o maior camisa 8 da Gávea, na vida, ele joga ali na frente da área. Nos seus domínios, ele é o primeiro a defender, agüentar o tranco do time. É ele quem organiza a defesa dos companheiros. Se alguém pisa na bola, ele cobre. Se alguém avança demais, ele cobre. Mas se engana quem pensa que sua função é apenas cobrir. Ele também ataca. E bem. Vai à frente; ajeita as idéias, olha à disposição das coisas; levanta a cabeça e desamarra os problemas, como desfiando a linha solta de um tapete. Para mim, coisa de gênio. Para ele, parece fácil. Mas final, ele é o capitão do nosso time, o camisa 8.

Para a torcida, tudo é festa. A Festa. Como todas as outras festas. Sempre melhor que última! Parece uma nostálgica lembrança dos domingos de Maracanã nos anos 80. Seja com dance, funk, tecno, ploc ou samba. Numa roda de amigos ou no som do carro. Com o rum dos piratas, a cachaça dos botequins, os whiskys – com gelo ou sem, com RedBull ou sem -, os absoluts e as primas e, claro, a cerveja. Sempre ela. A mais presente de todas nós. A bola do jogo. Que ele domina bem. Tabela, sempre gelada. E ainda distribui. Faz o time jogar.

Que todos os dias sejam dias para memória, para os livros e para a vida. Com ou sem a horta do tio. Nos gramados da vida. Dizem que um time vencedor se faz com um bom goleiro. Pois eu acho que não. Um bom time se faz mesmo, com um bom camisa 8. Um cara que organize tanto o jogo quanto as contendas. Um verdadeiro Capitão. Mágica? Talvez. Porque como eu disse certa vez, "amizade assim, nem no Céu!"

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ressaca Esportiva - Tudo Embolado

Atenção tripulação! Já queimando a largada, quero me desculpar pela ausência na semana passada e vos garantir que já na 4ª feira, estarei de volta com a 4ª Sem Gelo. Sem falta. Geral largou de mão, mas eu continuarei aqui, firme e forte.

E pra não perder o pique logo na largada, quem apostava em uma briga Vettel e Webber pelo título da F-1, vai ter que esperar 2011. Porque agora que ele chegou, ninguém pega mais o Príncipe das Astúrias, Fernando Alonso. Com 3 vitórias nas últimas 4 corridas, o espanhol da Ferrari não só chegou, como passou e deve disparar em São Paulo. O cara é sujo, mala sem alça, escroto bagarai, mas quando o negócio é vencer, é com ele mesmo. E campeão, principalmente na F-1 dos últimos anos, se faz assim mesmo. Pra quem gosta mesmo de velocidade sobre 4 rodas, o fim de semana ainda teve a corrida mais CBF dos últimos tempos, na Stock Car. Que coisa foi aquilo? Ô corridazinha confusa hem... Mas é só isso que vou falar da Stock porque acho um campeonato sem pé nem cabeça mesmo; invenção da Globo purinha. Quando tinha o Ingo, o Chico Serra etc, eu até via, mas agora ta chato pra burro! Melhor a Indy na Band mesmo...

Falando na emissora dos Saad de São Paulo, os caras tão perdidinhos! Aliás, como toda imprensa paulista. Os caras por lá não sabem se metem o pau no Corinthians, se babam o São Paulo, se levam o Palmeiras a sério ou se o Santos é um time de meninos ou de moleques. A cada rodada eles falam uma coisa diferente. Uma zona só. Ora o time é bom, favorito, sensação, e ora é bagunçado, fraco e sem esquema. Claro que por mim que se explodam os times paulistas e mais ainda a parcial imprensa de lá. Mas que é engraçado de ver os caras perdidinhos como estão agora, ah, isso é...

Continuando ainda sobre os "perdidos" do Brasileirão, a coisa ta tão embolada que ninguém sabe mais quem briga pelo que. O Roth, ontem, na coletiva, disse que o rival Grêmio (com 47 pts) briga pelo título e pediu calma sobre as chances do seu Inter (que ta um posição à frente, com 48). Pode um negócio desses? O Cruzeiro é outro. Vinha rrebentando; quando virou líder, levou duas bordoadas, do Grêmio e do Obina, e voltou pra 2ª posição. Aqui no Rio, ninguém mais sabe se coloca o Botafogo na luta pelo título, pela Libertadores ou no secador da Sulamericana. Quando acham que o Fogão ta derrubado, o Marcelo Cordeiro me mata uma coruja no Engenhão e põe o time de Joel na briga de novo. E haja coração também para Vasco e Flamengo. Ô joguinho xexelento o de ontem! Fraco, fraco. Não, ninguém do Rio vai cair não, antes que os corneteiros de plantão venham encher o saco, mas os 2 têm muito que melhorar. Libertadores? (sim, sim, eu ouvi um cara da imprensa paulista dizendo que o Fla ainda tinha chances; vê se pode!?) Esqueçam! Não dá. Só para os matemáticos.

É... Ta tudo embolado. E do jeito que as coisas andam, com tanto time se esforçando pra perder o caneco, a decisão vai ficar pra dezembro mesmo. Vamos esperar...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ressaca Esportiva - Acidente de Percurso

Fala cambada! Depois de uma semana ausente do nosso querido blog/bar, finalmente estou me recuperando no acidente que sofri sábado passado. Para quem não sabe, caí de moto na madrugada sábado pra domingo, há uma semana. Como não estava usando nenhum equipamento de segurança, me fudi. Rolei por cima da roda e e fiquei todo lanhado. Mas é claro que você leitor não veio aqui para saber disso, não é mesmo?

O problema é que há duas semanas que não vejo futebol. Nem o meu Mengão, que parece finalmente ter entrado nos eixos depois da chegada do Luxa, eu tenho visto. Mas é claro que sei da liderança do Cruzeiro e da queda de rendimento de Flu e Corinthians. Não que isso me surpreenda, como devia a você que tem lido esta coluna desde que o Brasileirão começou. Sempre falei aqui que o Fluzão, mesmo com Muricy, não vai a lugar nenhum. Não é birra de flamenguista não. É só que o Tricolor das Laranjeiras não me enche os olhos. É um time com a cara do seu treinador, que joga feio e vence, na maioria dos jogos, com gols de bola parada. É sim um time que erra pouco, mas infelizmente, também joga pouco. E apesar de toda pompa que tem sido colocada sobre o Conca, não acho que o argentino seja capaz de carregar o desfalcado Fluminense ao título. O Corinthians segue o mesmo caminho. Principalmente depois da saída esquisita do Adílson Batista. Por mais que seja sempre prudente acreitar em superação quandos se trata de Ronaldo Fenômeno, sem Jorge Henrique e Dentinho ao seu lado, também não apostaria minha fichas no time do Parque São Jorge. Aposto sim, que um dos 2 ainda perca a vaga na Libertadores para o Grêmio, que com o artilheiro Jonas arrebentando, sobe de vento em popa. Como Inter e Santos não decidem se jogam ou não jogam, me parece mesmo que chegou a vez do Cuca e do Cruzeiro. Isso, claro, se não houverem mais acidentes de percuso...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Queimando o Filme! - O Retorno do Jedi!

Meus Camaradas! É com enorme prazer e satisfação, que retorno as páginas desse digníssimo blog. Que puxo uma cadeira amarela enferrujada, peço uma cerveja gelada e sento nessa mesa de bar, rodeada de amigos e leitores. Mas não se enganem. Nesses dias longe do boteco, muita coisa mudou. Não sou mais o mesmo cara que escreveu as primeiras linhas dessa coluna. Não sei mais se sou o Rodrigo, não sei mais se sou o Cachorrão. Mas sei que devemos cumprir com o que prometemos, cumprir com o que agente se propõe a fazer e com quem nos comprometemos a ser. Por isso, I’M BACK!

E nada melhor para coroar o meu retorno, do que uma aguardada estréia de cinema. “Pede pra sair”, porque “ Vai dar merda, Capitão!”

Estréia do Ano:
TROPA DE ELITE 2 – O inimigo agora é outro.
(Brasil, 2010. Direção: José Padilha. Elenco: Wagner Moura, André Ramiro, Pedro Van-Held.Duração: 115 min)
 
Chegando armado e parapetado, a pergunta pra vocês é simples, Tropa de Elite 2 será o fenômeno de” bilheteria” que o surpreendente primeiro Tropa foi?! PS: Escrevo bilheteria entre aspas, porque camelô não cobra ingresso. Bom, sinceramente, tenho certeza que vai. Não é só pela volta do super-herói suburbano Capitão Nascimento, do amado Seu ZeroDois Capitão Fábio, do Aspira Mathias, da Maria Fuzil, de Comichão e Cossadinha, mas principalmente pelo retorno do roteirista Bráulio Mantovani  (que também escreveu Cidade de Deus) em parceria com José Padilha. Através da representação verdadeira de situações cotidianas e de diálogos tão realistas que chegam a ser engraçados, Mantovani nos insere de corpo e alma no mundo que imagina e constrói. Por essas e outras, já tem o meu aval – grandes merda – de que Tropa 2 vai ser pica! Além do mais, acho muito maneiro o Brasil investir no mercado de Blockbusters Nacionais, até porque, continuações no cinema nacional são raras – salvo os filmes dos Trapalhões e do Mazarópi – e já mostraram que podem ser ingredientes fundamentais para o BOOM nas bilheterias no cinema tupiniquim. Prova disso é que a continuação: Se Eu Fosse Você 2 é o sexto filme mais assistido nas telonas brasileiras.

Mas pra quem está esperando ver um filme igual ao primeiro, é melhor tomar cuidado. Pelo que li, a idéia é fazer um filme mais maduro, mais dramático, demonstrando o crescimento dos personagens, já que a história se passa alguns anos após a primeira. Mas não se iludam, tenho certeza que os palavrões e as frases de feito estarão lá. Diferente das novelas da Globo, que tem cenas em que o pau come, tapa na cara rola solto, há gritaria e histeria, e ninguém fala um “Porra”!

"E Pra Não Dizer Que Não Falei De..." Política.
Como previsto, Sergio Cabral foi eleito tranquilamente no Rio, com apoio presidencial e discursos fortes sobre UPAs e UPPs. Políticas muitos interessantes, mas que, pra mim, tem prazo de validade. Mas isso é assunto pra outro dia!



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

4ª Sem Gelo - Pára, né!

Caros amigos de copo! Eu ia falar, como de costume, da tradicional rodada de pitacos no Brasileirão quando me deparo, de repente, num jornal sei-lá-de-que-canal com uma discussão ridícula em São Paulo. Você acredita que um tribunal desses da vida ta querendo impugnar a candidatura do Tiririca? Antes de mais nada, não, eu não concordo com os mais de 1 milhão de babacas que votaram nele! De jeito nenhum! Mas há de se entender que é o maior protesto contra a politicagem sem vergonha que temos nesse nosso Brasilzão de deus. Para nos fazer de palhaços, talvez seja melhor um profissional mesmo. De qualquer modo, fiquei indignado com a tal discussão. Um engravatado do tal tribunal - agora é moda tribunal se meter em tudo, né? Condenar bandido, que é bom, nada! Mas voltemos às vacas frias, como diz um camarada meu. Lá estava o tal engravatado falando serião que como o Tiririca era analfabeto, que ele não poderia exercer o cargo. Tudo bem. Segundo o sujeito, o fato dele ser analfabeto implicaria em uma fraude no registro da candidatura, que passaria a ser assim inválida, anulando os mais de 1 milhão de votos dados a ele e alterando a composição da Câmara no maior colégio eleitoral do país.

Se realmente for comprovada a fraude, pois bem, que se invalide a candidatura. Mas só pelo fato dele ser analfabeto... Não, aí não! Porque, infelizmente, esse é um país de analfabetos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de analfabetismo do Brasil é de 10%, o que significa 14,1 milhões de analfabetos. Isso sem contar os analfabetos funcionais. Ora, se o sujeito, mesmo sem saber ler e escrever, tem a OBRIGAÇÃO de decidir o futuro do país, nas urnas, porque raios o cara não pode ser eleito? Se ele tem capacidade pra decidir quem escolher, pode escolher a si mesmo.

Não vou entrar no mérito dessa palhaçada estar certa ou errada - acho que não está, a começar pelo voto obrigatório. Mas vivemos num sistema tão falho, tão retrógrado, que a cada dia que passa, vemos mais decisões paleativas pra corrigir o incorrigível! Afinal, foi o mesmo povo desprezado pela corja política desse país que elegeu o tal analfabeto em questão. E agora, querem tirar deles um direito que vocês mesmos, que comandam essa zona chamada Brasil há tantas décadas, vos deram. Pára, né!

Se tivesse investido em educação nos últimos anos, ao invés de jogarem dinheiro fora em políticas populistas de "pão e circo", não estaríamos tendo esta discussão aqui agora. Porque certamente teríamos um eleitorado mais consciente de suas obrigações e direitos, e tantos ladrões, mentirosos e aproveitadores não estaríam comandando esse país. E eu poderia dar os meus pitacos em paz sobre a 28ª rodada do Brasileirão. Porque se tirarem o analfabeto de lá, aí sim vocês vão estar passando atestado de incopetência - que aliás, vocês já têm -, e mais ainda, de medo. Porque nunca houve tanto e nada do povo entre vocês, mesquinhos governantes brasileiros. E isso vai piorar! Porque o povo não acredita mais em vossas mentiras, em vossas promessas ou em vossa política. Estão com medo de que? Não nos deram "pão e circo"? Então, agora, que engulam o palhaço!

"E Pra Não Dizer Que Não Falei De..." Brasileirão
Lá vão os pitacos - secos, que hoje eu não to bom não! rs
Flu 3x2 Santos - Ei, Neymar! Vai tomar no...
Grêmio 4x1 Greminho. Jonas é o cara! E o Grêmio Genérico é uma merda!
Guarani 1x1 Botafogo. 6 desfalques por jogo é sacanagem hem!
São Paulo 0x0 Vitória. Não sei qual dos 2 é pior...
Atlético/PR 2x1 Vasco. Bota o Braquinho no Cartola que o jogo é dele.
Atlético/MG 1x2 Corinthians. Sem Obina não dá não, Dorival.
Ceará 2x1 Inter. Vou com o Vozão que o Giuliano ta fora.
Fla 3x1 Atlético/GO. Luxa vai acertar esse time. Pode escrever!
Goiás 0x2 Cruzeiro. Montillo joga? Então é saco!
Palmeiras 2x2 Hawaii. Time verde é empate! Só me fodem...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ressaca Esportiva - Nada Demais

Olá meus caros amigos de copo! Começou mais uma semana, cheia de novidades depois do 1º turno das Eleições que deram ao atual governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, mais 4 anos de mandato. Por aqui também tivemos gente conhecida do meio artístico e das páginas esportivas eleita em diversos cargos, como Romário, Myrian Rios, Bebeto, Jean Willys etc. Mas o nosso fim de semana esportivo ficou restrito mesmo ao sábado. Pelo menos no Brasil.

Pelo mundo a fora, tivemos rodadas fartas de belos gols, como o calcanhar de Drogba na vitória do Chelsea por 2x0 sobre o Arsenal, a fila de Cristiano Ronaldo na surra de 6x1 que o Real Madrid enfiou pra cima do La Coruña, entre muitos outros. Mas, na minha humilde opinião, a notícia do fim de semana do futebol europeu vem da Alemanha. E tem haver com outra de nossa paixão comum nesse blog/bar: cerveja.

Quem diria que depois do vice na Liga dos Campeões 2009/2010 e da bela campanha da Alemanha na Copa do Mundo, o Bayern de Munique começaria tão mal essa temporada? O time ocupa apenas a 12ª colocação no Campeonato Alemão, 13 pontos atrás do líder, o surpreendente Mainz 05, que venceu todos os 7 jogos que disputou até aqui. Depois de perder para o Borussia Dortmund por 2x0 ontem, o técnico holandês, Louis Van Gaal, conhecido por seu mau humor habitual, proibiu os jogadores de comparecer à tradicional festança da Oktoberfest na cidade. Ao invés da visita que o elenco do principal clube da cidade faria ao evento de comemoração pelos 200 anos da festa da cerveja na quarta-feira, Van Gaal marcou um treinozinho à tarde. Agora já imaginaram se a moda pega aqui no Brasil? "Perdeu? Então nada de baile da Chatuba hoje". Ia ser ótimo, né...

"E Pra Não Dizer Que Não Falei De..." Ecologia.
Dêem uma olhada nessa foto de Jaipal Singh, da Agência EFE. Parece coisa de filme, né? Mas não é não. Devido ao desenfreado e intenso desmatamento que a Índia vem sofrendo, esses simpáticos macaquinhos meteram o pé de uma floresta e percorreram 35km até a cidade de Jammu para invadir essa rua aí atrás de comida. É mole? Continua destruindo floresta mesmo pra ver onde a gente vai parar...

sábado, 2 de outubro de 2010

Doidão tudo fica Bom - Brasil, um País "Amador"

A saída de Zico do Flamengo foi assunto na imprensa por vários motivos. Eu não sou flamenguista e nem por isso estou feliz com a saída de um cara que é ídolo, e ao que tudo indica, queria fazer um trabalho sério a frente de uma instituição que vive numa eterna bagunça e parece gostar. Com frases do tipo, “Flamengo é isso, se supera nos momentos difíceis”, que são ditas pelo menos uma vez a cada 2 meses. São como lema para o clube, são clichês típicos de quem gosta de ser coitadinho. Por isso digo que o Flamengo é a “mulher de malandro” do futebol brasileiro.

Quando falo de clube bagunçado, o Flamengo não é uma exceção no Brasil, principalmente no Rio, onde os clubes vivem cercados de crises políticas e financeiras. O que acho crítico no Flamengo é que eles parecem gostar disso. E a saída do Zico representa um retrocesso no profissionalismo.

Aliás, o profissionalismo no esporte brasileiro é uma ilha. Tirando o Vôlei que é exemplo de gerência com uma Liga Nacional competitiva, e Seleção vitoriosa, os outros esportes vivem as voltas com dirigentes seculares, administrações amadoras, e resultados desagradáveis, fazendo o esporte brasileiro, em geral, depender de “foras de série”, como foi o Guga no Tênis e como é o Cesar Cielo na Natação. Não podemos aceitar que um país de proporções continentais seja feito de exceções.

E dentro desse nosso amadorismo, lá vamos nós sediar os 2 principais eventos esportivos do Mundo: uma Copa e uma Olimpíada. Apoiada num Pan-Americano bem sucedido, cheio de obras super-faturadas e com construções que se tornaram verdadeiros elefantes brancos.

Todo esse circo é apoiado por nosso presidente Lula, que acha que será uma grande promoção do Brasil sediar esses 2 eventos. Nisso, ele tem razão. É claro que uma Copa e uma Olimpíada, em sequência, promovem o país, mas a questão é saber se estamos preparados para isso. Questões como segurança e transporte são ainda uma preocupação interna. Como será o Brasil que vamos apresentar aos estrangeiros? E a outra questão que me preocupa ainda mais é o custo-benefício desses eventos, porque, diferentemente de outros países organizadores, onde se usa em maioria recursos privados e instalações já existentes, no Brasil os gastos com novas estruturas serão, na maior parte, públicos, saindo do seu dinheiro, da arrecadação de seus impostos que deveriam ser gastos pra sanear esgotos e melhorar hospitais. Não sei você, mas eu acho essa propaganda muito cara.

“E Pra Não Dizer Que Não Falei De...” Boa do Fim de Semana
Vamos votar consciente! Reflita nas atitudes dos candidatos e sua postura nas questões mais importantes do País, afinal você não quer continuar a morar em um país “amador” não é?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Queimando o Filme! - A Queda

Caros amigos de copo! Infelizmente, depois das última notícias, me sinto obrigado a vir aqui lamentar, em carta aberta desse editor que vos escreve, a saída de mais um ídolo do Flamengo. O maior deles. Zico.

Infelizmente, também, não posso dizer que este seja um filme inédito no meu Mengão. Nos meus mais de 28 anos - dos quais, mais de 26 como rubro-negro - já vi isso acontecer várias e várias vezes no clube. É um sentimento de traição, de abandono, de indignação, saber que esses interesses excusos atropelam a minha paixão e a de mais de 34 milhões de pessoas no mundo. Atropelam como se nós não existíssemos. Por mais que me doa dizer isso, hoje, ser Flamengo é ser traído, ignorado e desprezado. Ser Flamengo é quase um sentimento de amor platônico, tamanha a falta de respeito com a qual as pessoas que controlam o Mais Querido do Mundo tratam a nós, seus torcedores, sua Nação.

Zico, infelizmente, não foi o primeiro. Antes dele, saíram o próprio Petkovic em 2002; Romário em 1999, Renato Abreu em 2007; Júlio César em 2005; Leonardo, que queria encerrar a carreira em seu clube de coração, mas devido à bagunça e ao descaso do Fla, pendurou as chuteiras apenas no Milan, da Itália, em 2002. E esses são só alguns dos quais me recordo de cabeça, sem ajuda do Google. Isso também, sem contar as nossas pratas da casa, que foram, várias vezes, escurraçadas do Flamengo e acabaram arrebentando mundo a fora, como Reinaldo, Adriano, Paulo Nunes, Djalminha, Marcelinho Carioca, Ibson, entre os mais importantes.

Muita gente se pergunta porque o Mengão, cujo um dos lemas é "craque o Flamengo faz em casa", não faz mais jogadores. Faz sim. Só que devido a esses mesmos interesses, eles são vendidos a preço de banana. Lembro que à época da venda do Ibson para o Porto, o clube português pagou quase duas vezes menos pelo jovem volante rubro-negro do que o Bordeaux, da França, pagou pelo até hoje desconhecido Jussiê, do Cruzeiro. Marcelinho e Djalminha foram praticamente mandados embora do Flamengo depois de uma briga com o então craque do time, Renato Gaúcho, em 1993. Sávio idem, depois de uma briga com Romário, em 1997.

Se tantos desses jogadores revelados no Flamengo nos anos 90 não tivessem esse destino, poderíamos ter tido o prazer de ver honrando o Manto Sagrado, um time formado apenas por nossos pratas da casa; um time com: Júlio César, Fábio Baiano (depois Alessandro), Juan, Luiz Alberto e Athírson; Fabinho, Júnior (depois Marquinhos, depois Fábio Baiano), Marcelinho Carioca e Djalminha; Paulo Nunes (depois Reinaldo) e Sávio (depois Adriano). E acredito até hoje que, com este time, e talvez com algumas mudanças, poderíamos ter repetido - ou chegado perto - dos áureos anos 80 do clube, quando jovens formados dentro da Gávea fizeram de todos os estádios que jogaram uma extensão do Maracanã.

É com profunda tristeza e desânimo, que termino esta coluna com umaa frase que li no Twitter de meu amigo, Vinicius "Ninho" Gama, na qual ele diz: "Continuarei Flamengo, mas não posso exercer sabendo que tem gente lucrando com meu interesse". E acrescento: "Lucrando com nosso interesse, nossa raça, amor e paixão, sem ter o menor respeito por qualquer um de nós". E que os céus tenham piedade de nós, torcedores rubro-negros, que não merecemos o abismo para o qual, estes que lucram às nossas custas, parecem estar nos levando a cada nova rodada do Brasileirão.