quarta-feira, 27 de outubro de 2010

4ª Sem Gelo - Feliz Aniversário, Meu Camarada!

Caros amigos de copo. Hoje, infelizmente, estou meio sem tempo. Passei o dia na rua resolvendo uma pá de abacaxis e só cheguei agora. Ta bom, eu sei que você, caro leitor, não tem nada com isso e merece a sua 4ª Sem Gelo de - quase - todo dia. Mas, infelizmente de novo, a vida é assim mesmo... E sendo assim, decidi postar aqui um texto antigo, que me poupará o pouco tempo que ainda tenho, e o seu, leitor amigo, que não precisa ler um troço qualquer. E aproveitando que hoje é aniversário de nosso - ausente - colaborador, Rodrigo Cachorrão, essa 4ª Sem Gelo vai em homenagem a ele; uma pequena crônica que escrevi há uns 2 ou 3 anos, num aniversário passado, e que honrosamente está no perfil dele no Orkut até hoje.

Amigo de todas as horas; de copo e da vida. Onde a gente está, tem festa. Parece brincadeira, mas é verdade. Perdi a conta dos inúmeros lugares em que chegamos tocando bola, animação e descontração, e fizemos a festa da galera. Envergando a braçadeira de capitão, ele está sempre bem posicionado, longe de impedimentos. Para quem não é muito atento, ele raramente aparece. Mas na hora de decidir, está sempre lá. Nos bares da vida. Aliás, em todos os tipos de bares. Dos chamados barzinhos, aqueles com voz e violão, àqueles botecos “pés-sujos”, com karaokê, bêbados espalhados e ovo rosa no balcão. Hora? Ela espera. Ou bebe com a gente, o que preferir. Normalmente segunda opção. Quando ela vai ver, já é de manhã e vamos embora todos juntos. Coitadinha dela. Passarinho que acompanha morcego...

Acima de tudo, rubro-negro. E honrando o maior camisa 8 da Gávea, na vida, ele joga ali na frente da área. Nos seus domínios, ele é o primeiro a defender, agüentar o tranco do time. É ele quem organiza a defesa dos companheiros. Se alguém pisa na bola, ele cobre. Se alguém avança demais, ele cobre. Mas se engana quem pensa que sua função é apenas cobrir. Ele também ataca. E bem. Vai à frente; ajeita as idéias, olha à disposição das coisas; levanta a cabeça e desamarra os problemas, como desfiando a linha solta de um tapete. Para mim, coisa de gênio. Para ele, parece fácil. Mas final, ele é o capitão do nosso time, o camisa 8.

Para a torcida, tudo é festa. A Festa. Como todas as outras festas. Sempre melhor que última! Parece uma nostálgica lembrança dos domingos de Maracanã nos anos 80. Seja com dance, funk, tecno, ploc ou samba. Numa roda de amigos ou no som do carro. Com o rum dos piratas, a cachaça dos botequins, os whiskys – com gelo ou sem, com RedBull ou sem -, os absoluts e as primas e, claro, a cerveja. Sempre ela. A mais presente de todas nós. A bola do jogo. Que ele domina bem. Tabela, sempre gelada. E ainda distribui. Faz o time jogar.

Que todos os dias sejam dias para memória, para os livros e para a vida. Com ou sem a horta do tio. Nos gramados da vida. Dizem que um time vencedor se faz com um bom goleiro. Pois eu acho que não. Um bom time se faz mesmo, com um bom camisa 8. Um cara que organize tanto o jogo quanto as contendas. Um verdadeiro Capitão. Mágica? Talvez. Porque como eu disse certa vez, "amizade assim, nem no Céu!"

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