sábado, 2 de outubro de 2010

Doidão tudo fica Bom - Brasil, um País "Amador"

A saída de Zico do Flamengo foi assunto na imprensa por vários motivos. Eu não sou flamenguista e nem por isso estou feliz com a saída de um cara que é ídolo, e ao que tudo indica, queria fazer um trabalho sério a frente de uma instituição que vive numa eterna bagunça e parece gostar. Com frases do tipo, “Flamengo é isso, se supera nos momentos difíceis”, que são ditas pelo menos uma vez a cada 2 meses. São como lema para o clube, são clichês típicos de quem gosta de ser coitadinho. Por isso digo que o Flamengo é a “mulher de malandro” do futebol brasileiro.

Quando falo de clube bagunçado, o Flamengo não é uma exceção no Brasil, principalmente no Rio, onde os clubes vivem cercados de crises políticas e financeiras. O que acho crítico no Flamengo é que eles parecem gostar disso. E a saída do Zico representa um retrocesso no profissionalismo.

Aliás, o profissionalismo no esporte brasileiro é uma ilha. Tirando o Vôlei que é exemplo de gerência com uma Liga Nacional competitiva, e Seleção vitoriosa, os outros esportes vivem as voltas com dirigentes seculares, administrações amadoras, e resultados desagradáveis, fazendo o esporte brasileiro, em geral, depender de “foras de série”, como foi o Guga no Tênis e como é o Cesar Cielo na Natação. Não podemos aceitar que um país de proporções continentais seja feito de exceções.

E dentro desse nosso amadorismo, lá vamos nós sediar os 2 principais eventos esportivos do Mundo: uma Copa e uma Olimpíada. Apoiada num Pan-Americano bem sucedido, cheio de obras super-faturadas e com construções que se tornaram verdadeiros elefantes brancos.

Todo esse circo é apoiado por nosso presidente Lula, que acha que será uma grande promoção do Brasil sediar esses 2 eventos. Nisso, ele tem razão. É claro que uma Copa e uma Olimpíada, em sequência, promovem o país, mas a questão é saber se estamos preparados para isso. Questões como segurança e transporte são ainda uma preocupação interna. Como será o Brasil que vamos apresentar aos estrangeiros? E a outra questão que me preocupa ainda mais é o custo-benefício desses eventos, porque, diferentemente de outros países organizadores, onde se usa em maioria recursos privados e instalações já existentes, no Brasil os gastos com novas estruturas serão, na maior parte, públicos, saindo do seu dinheiro, da arrecadação de seus impostos que deveriam ser gastos pra sanear esgotos e melhorar hospitais. Não sei você, mas eu acho essa propaganda muito cara.

“E Pra Não Dizer Que Não Falei De...” Boa do Fim de Semana
Vamos votar consciente! Reflita nas atitudes dos candidatos e sua postura nas questões mais importantes do País, afinal você não quer continuar a morar em um país “amador” não é?

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