segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ressaca Esportiva - Dúvida Cruel

Sejam bem vindos, caros amigos de copo! Pra começo de conversa, peço desculpas pelo atraso já que fiz jus ao nome desta coluna e acordei com uma puta ressaca. Assim como devem ter acordado a Nação Rubro-Negra, o Washington e a mineirada do Galo. E isso me faz lembrar uma antiga conversa que tenho quase todas as segundas feiras com meu amigo cinéfilo Rodrigo Cachorrão.

Por que é tão difícil ver o óbvio?

Será que era assim tão difícil para a diretoria do Mengão perceber que o Rogério não era um técnico capacitado para dirigir o atual campeão brasileiro? E para enxergar que o único técnico disponível no mercado era o Silas? Ou para o Muricy impedir o Washington de bater aquele pênalti? Ou ainda para a diretoria do Atlético acordar e parar de achar que porque o time é muito bom no papel as coisas vão mudar a qualquer momento? Acho que não, né. E aí fico me perguntando: porque é tão difícil ver o óbvio?

Ontem o domingão esportivo foi bom. A corrida não vi, mas a rodada teve pelo menos um jogão: Fluminense 2x2 São Paulo. Jogo cheio de alternativas, movimentado e bom de ver, com Júnior César jogando demais nas costas do Belleti, Conca e Deco mandando no meio campo do Maracanã, Fernandão muito matador, Jean arrebentando, Rogério mais uma vez roubando a cena e Fernando Henrique mais uma vez entregando o ouro. Se todo time do São Paulo jogasse como joga o Rogério, os caras iam ganhar sempre. Até o Miranda e o Richarlyson, que tavam se arrastando em campo nas últimas rodadas, jogaram bem ontem. Pelo lado do Flu, faltou só um pouco de humildade. Fez um golaço logo no início e passou a acreditar na torcida e achar que ia golear. E até poderia tê-lo feito mesmo, se os ex-comandados de Muricy não estivessem lá. Vários não se davam bem com o chefe e mostraram isso ontem. Pelo menos quando joga com brio, o São Paulo não é um peixe morto. Mas falta entender que brio e arrogância são coisas diferentes...

Assim como limite e possibilidade. O elo perdido do entendimento humano. E que faltou ao Flamengo e ao Botafogo nessa rodada. Dizem por aí que limite não existe, que eles são para serem superados e coisa e tal. Tudo bem. Eu respeito isso. Acho que cada um deve se esforçar pra melhorar, mas, sim, os limites existem. E exigem respeito. Basta olhar para o ataque do Fla pra ver isso. Deivid, Diogo e Leandro Amaral são possibilidades. Val Baiano e Vinícius Pacheco são limitados. E muito! Assim como a ousadia do Joel Santana, limitada, limitada. Foda-se que o Inter é o campeão da América! Jogar com Edson e com aquele medo todo? Não dá, né. O Fogão se auto limitou. E perdeu com razão, mesmo o Inter não jogando absolutamente nada.

E o Atlético Mineiro? Perdeu mais uma. Não vi o jogo, mas pelo que vi dos 2 times depois da Copa do Mundo, imagino que tenha sido bem tedioso. Luxa e Felipão não merecem os times que têm. O caso do segundo, mais simpático depois de sua volta da Europa, me parece pior. O elenco do Palmeiras é ruim demais! Sorte deles que a força de São Marcos é tanta que basta ter o mesmo nome pra fazer milagre, como Marcos Assunção tem feito nos últimos jogos. Em contrapartida, o Galo é que está na zona do rebaixamento. Luxemburgo continua repetindo que o trabalho é de longo prazo e que as contratações vão dar resultado, mesmo discurso da diretoria, que acha que tem um timaço que vai sair do papel e entrar em campo. Mesmo com os Diegos Souza e Tardelli, Ricardinho, Réver, Cáceres, Méndez, Daniel Carvalho e tudo mais, o time não se acerta. Joga geral, perde. Joga sem eles, perde. Já nem sei mais o que cornetar nesse time. Ou o Luxa arruma um santo igual o do Felipão ou já pode começar a rezar, porque o inferno da Série B é logo li.

Santo, inferno, razão, limites, possibilidades... Papo cabeça? Que nada! É só o óbvio...
Será que precisamos mesmo de uma placa dessas para conseguirmos ver o óbvio?

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