sábado, 15 de maio de 2010

Doidão tudo fica Bom - Jogando conforme a Música

Música e Futebol são duas formas de expressão; artes que são apreciadas em todo mundo. E como forma de arte, elas contêm um pouco ou, às vezes, muito da personalidade dos artistas que as criam. Refletindo sobre isso pensei em duas coisas: qual seriam os 11 músicos titulares do meu time, e quais jogadores eu escolheria pra tocar no meu MP3?

Resolvi então dividir essa coluna em duas partes, e primeiro, vamos exercitar sua percepção musical e colocá-la dentro de campo. Quais seriam os 11 titulares no seu time dos sonhos da música brasileira?

Os meus são esses:

Zagueiros: quando penso em uma boa zaga, penso em segurança, tranqüilidade e entrosamento. Confesso que ficaria fácil escolher uma dupla sertaneja, mas apesar de entrosados, eles não me passariam segurança nem a elegância que os zagueiros do meu time precisam ter. Sendo assim, jogam 2 caras seguros e muito entrosados, boêmios convictos e craques, tanto juntos quanto separados. Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Lateral Direita: não sei porque, quando pensei na camisa 2, pensei em Raul Seixas. Ousado, pra frente, irreverente, maluco! Beleza, tudo que não tivemos nos nossos últimos anos na Seleção. E Raul sempre gostou das “pontas” mesmo. Jogaria com liberdade pra explorá-las, e se infiltrar pelas “meiotas”, com autoridade de quem conhece muito disso.

Lateral Esquerda: bem, chegamos à camisa 6. E, se dizem que todo time campeão tem que ter um perna-de-pau, no meu time sobrou pro lado esquerdo. Como escolhi um lateral direito ousado e maluco, sobrou pro esquerdo a tarefa de segurar a onda. Defensivo e aplicado, porém não menos talentoso que os outros. Talvez, esse craque aqui, tenha como principal qualidade manter-se no topo durante toda sua carreira – e isso tem mais de 40 anos! Taí sua genialidade: ficar no topo, sempre imponente, elegante e seguro, e apesar da perna-de-pau, esse aqui joga muito! Minha adorada camisa 6 vai pro Rei Roberto Carlos.

Volantes: quem joga com o número 5, costuma ser chamado de carregador de pianos, mas no meu time, ele carrega outro instrumento. Cara de mal, de caçador, e do sertão. Jogando à frente da zaga, aquele volante que bota medo nos adversários e impões respeito. Mas no meu time, não carrega piano. Carrega a sanfona e atende pelo nome de Luiz Gonzaga. Já o camisa 8 tem que pegar pesado e saber sair jogando, estilo Juninho Pernambucano. E é de lá de Pernambuco que vem meu segundo homem de meio-campo, rápido e rasteiro. Chico Science tem a marcação pesada do maracatu e a criatividade do Mangue beat.

Bem rapaziada, por enquanto é só. Escalei apenas meio time em virtude do tamanho da coluna, mas semana que vem boto o time pra frente e escalo os homens que fazem o time jogar. Ainda não tem goleiro porque não consegui pensar em um mesmo, mas na próxima quem sabe?

"Pra Não Dizer Que Não Falei De..." Boa do Fim de Semana
O caminho da felicidade é o Circo Voador, com uma festa muito doida chamada “Chá da Alice”. Eu vou. E se eu fosse você, também iria.

3 comentários:

  1. Bolo, esse seu post foi, literalmente, Show de Bola! Ótimas analogias. rs

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  2. Gostei das comparações e analogias ao longo do texto, principalmente a do roberto carlos perna de pau!!!hehehehehe
    Você está escrevendo bem, de forma clara, inteligente e divertida, dá gosto de ler!
    Só no fim que vc escorregou ao falar sobre a boa do fds, mas é normal, dá pra ver que foi um erro material de digitação e não um erro de português. Em td caso, se puder corrige.
    Forte abraço

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