segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ressaca Esportiva - Na Base do Beijo

Nem sobre sobre a classificação do Brasil na Copa, nem sobre a espetacular vitória de Portugal sobre a Coréia do Norte, nem sobre Copa do Mundo! Depois de quebrar a chave na fachadura e dormir fora de casa - motivo pelo qual essa coluna está saindo agora -, decidi mesmo foi escrever sobre mulher. Até porque, afinal, papo de bar que se preze tem que ter mulher.

Pra começo de conversa, deixo claro que sou terminantemente contra o machismo. Fui criado com duas mulheres e não acredito de modo algum que o homem em quanto gênero seja melhor do que a mulher. E pelo mesmo motivo, sou contrário às "feministas" que, para alegar "igualdade", usam argumentos que "comprovam a superioridade feminina". Na boa. Puta palhaçada essa guerra dos sexos! Sou a favor da igualdade. Em tudo. Desde cargos e salários até a conta do motel. Pra mim, é simples assim. Igual é igual. Nem mais, nem menos. E isso me lembra uma velha teoria que tenho sobre as mudanças que vieram na nossa vida cotidiana com o liberalismo sexual feminino.

Saio na noitada e vejo muita gente reclamando que não consegue se adaptar a essas mudanças. Ouço muitas mulheres reclamarem que não conseguem achar bons partidos, que os homens de hoje vão logo agarrando, beijando, e que sentem saudade do tempo em que se trocava telefone, olhares e só depois vinha o "agarro e o beijo". O que elas não sabem é que muitos homens reclamam das mesmas coisas: que tão cansados das mulheres sem assunto, que sentem falta do tempo em que os conquistadores eram bons de papo e não de cartão de crédito, e que as mulheres de hoje só servem pra dançar o Rebolation – na pista ou na cama, tanto faz. E sabe o que é engraçado nisso tudo? Que quando conto isso, tanto homens quanto mulheres duvidam. Vai entender...

Sendo um desses homens saudosos com o tempo das flores e dos olhares, mas também um observador do cotidiano alheio, notei que isso é culpa do liberalismo sexual feminino. Sim, caros leitores e leitoras. É isso mesmo. Porque em sua ânsia de ser como o homem perante a sociedade, a mulher passou do sexo frágil ao seu objetivo. Hoje, uma mulher solteira sai pra noitada com as amigas, enche a cara, pega geral, dá umazinha – ou váriazinhas - e volta pra casa sem aquele ridículo rótulo de piranha. Essas mulheres, inclusive, são o terror de muito macho por aí. Aliás, falando em macho, esse tipo de comportamento lembra alguma coisa? Exato. O que antes era privilégio do homem, não é mais. E o que me espanta é que esse comportamento que as mulheres sempre criticaram está sendo repetido fielmente por elas. Hoje, a mulher é tão ou mais infiel que o homem – e com agravante: elas mentem muito melhor que nós! Hoje, uma menininha de 14 anos é tão ou mais filha da puta que um homem de 30 – e elas ainda amadurecem mais cedo hem... Se em muitas relações, há o que se evoluir, pelo menos no campo sexual, nunca se viu tanta igualdade entre homens e mulheres.

Longe de mim, querer que a mulher volte pra trás do fogão – até porque, quem me conhece sabe que na minha cozinha, mulher não entra. Isso é besteira! E além do mais, eu até gosto mais da mulher contemporânea, que se impõe, que fala o que pensa, e que não precisa e não quer a minha aprovação. Afinal, quero uma companheira, não uma pajem. Mas independente disso, o fato é que enquanto os dois lados se adaptam a essas mudanças, ficamos batendo cabeça noitada afora; elas se deliciando com as recém descobertas em ser "o conquistador" e ao mesmo sentindo falta de serem "as conquistas", e nós nos perguntando se vale mais um bom papo, um cartão de crédito ou um "agarro" e um beijo. Embora o refrão de um sucesso recente da musa Ivete Sangalo que dá nome a essa coluna, e que está na boca o povo, talvez nos dê sinais de que os tempos são mesmo outros...

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