Bem vindos amigos de copo! Apesar de não ter tido F-1 nesse fim de semana, a rodada do Brasileirão foi pródiga em jogos bons e importantes. E após 23 rodadas, o campeonato tem um novo líder: o Corinthians de Adílson Batista. E de Jorge Henrique, que arrebentou sábado contra o Greminho. Se contra o Flu, na rodada anterior, ele se sacrificou na marcação ao Mariano, dessa vez correu como sempre, marcou um belo gol e parece ter se firmado de vez como destaque do ataque do time no Brasileiro. Logo atrás está o Fluzão, que protagonizou um dos melhores jogos do campeonato até agora contra o Flamengo, no Engenhão. Jogo digno dos Fla-Flus eternos. Teve virada, falha da zaga, golaço, redenção, surpresa, enfim, um jogo para Nelson Rodrigues nenhum botar defeito.
Mas não vou ficar aqui contando como foi 23ª rodada. Afinal, se você não é um boêmio fanfarrão como eu - ou se conseguiu tirar sua horinha de almoço ao meio dia -, deve ter visto tudo isso na TV. O que me impressiona na versão 2010 do Brasileirão é a pouquíssima diferença entre os times, no campo e tabela. Quer ver só?
Do Internacional, 4º colocado com 38 pontos depois de bater o antes imbatível Vasco de PC Gusmão, para o Vitória, 14º com 28 após maltratar o já moribundo Galo de Minas, são apenas 10 pontinhos de diferença. Se incluirmos aí o meu Mengão, 15º com 27, e que recuperou a auto estima depois do jogão de ontem, são 12 times separados apenas por 11 pontos. Você acha muito? Pois veja bem...
Não faz muito tempo, o Atlético Paranaense vivia na zona do rebaixamento. Trocou de técnico, botou o Branquinho pra jogar e... Já é o 7º com 34! E na quarta enfrenta o Inter em casa, ou seja: se vencer, encosta de vez. Em contrapartida, o Hawaii, sensação do torneio após a parada da Copa, agora se equilibra na beira do abismo. É o 16º com 25, a apenas 4 pontos da Zona. Na próxima rodada, vai até Salvador encarar o Vitória, que aliás, é um ótimo exemplo de um fenômeno que vem acontecendo muito nos Brasileiros dos últimos anos: o do Time Gangorra. Vence uma aqui, perde outra ali, quando você acha que vai embalar, leva uma coça; quando você acha que vai cair, sapeca alguém. Igualzinho o Palmeiras, 13º com 29, e que vai pegar o Grêmio Cigano em Presidente Prudente. Outro que parece que não sabe o que quer é o São Paulo, 8º com 31 pontos. Tudo bem que o time é fraco, mas vive num sobe e desce danado! Os caras lá estão tão perdidos que até o Marcelinho já virou Lucas. Melhor seguir o conselho do Ronaldo Giovanelli, do Rede TV Esporte: põe logo Malucas na camisa, porra! Um ótimo exemplo de que a distância de 11 pontos pode ser pouca é o Grêmio. Com o Jonas arrebentando, mesmo perdendo pro Palmeiras no Olímpico, bateu o Timão e o Hawaii fora, e dá Zona já pulou para 11ª posição com 29 pontos. Num campeonato equilibrado com tantos times inconstantes, vencer 2 ou 3 jogos seguidos pode significar um salto enorme na tabela. Assim como levar 3 surras seguidas pode jogar alguém no abismo da Segundona. Abismo esse que está cada vez mais com a cara do Atlético Mineiro. Não vou nem falar da qualidade do time, do elenco, do treinador, da estrutura, et cetera. O que me impressiona mais é que, além da torcida, eu não vejo ninguém muito incomodado com a situação do time, 17º com 21. Empatado com o Galo, vem o Goiás, logo atrás em 18º, e que na quarta pega o Atlético, 19º com 20, no clássico estadual. Mas dos clássicos eu falo depois. Porque, por enquanto, digo só uma coisinha: não se engane ao ver seu time bem na tabela! Ta tudo embolado e qualquer um pode chegar! Bom... Pelo menos na Libertadores...
É isso aí! Bola no pé e luneta na mão que o título pode estar
logo ali - mesmo que seu time pareça longe na tabela agora...
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